Um dos principais concursos de iguaria do mundo premiou o queijo canastra com medalha de prata no Mondial du Fromage de Tours, na França. A premiação veio na categoria massa prensada não cozida de leite cru de vaca. Com o reconhecimento, o queijo se tornou o primeiro representante brasileiro a conseguir uma medalha no mondial.
Guilherme Ferreira, produtor do queijo se empolgou com o título adquirido. “O terroir da Canastra é sensacional: o solo tem muitos minerais e a água é pura” conta ele. No concurso, os queijos são organizados em pratos e são identificados apenas por um número. Não se informa a origem do produto.
“Tem um gosto de terra, um cheiro especial, uma textura firme e macia ao mesmo tempo” comentou uma jurada do concurso.
Por acaso, na mesma semana o produtor conseguiu o selo do Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal do Ministério da Agricultura. Com a autenticidade, Guilherme poderá mostrar para todo Brasil porque seu queijo é o segundo melhor do mundo, dando motivo de orgulho aos mineiros.
Origem do queijo canastra
Produzido há mais de 200 anos, o queijo teve sua origem em Minas Gerais, na região da Serra da Canastra. O clima, altitude e os pastos nativos e as águas da Serra dão ao queijo um sabor único. Forte, meio picante, denso e encorpado é aperitivo carimbado na mesa dos mineiros.
Antigamente, o queijo era transportado para outros lugares, chegando a ficar 40 dias nas prateleiras dos produtores para logo depois sair em carros de boi ou no ombro de burros fazendo a distribuição. Hoje, o consumo é rápido e por isso as pessoas apreciam no ponto certo de maturação. O canastra é produto de origem controlada.
Para a produção de um queijo canastra do tamanho tradicional com cerca de 1k é utilizado aproximadamente 10 litros de leite. A especiaria é considerada patrimônio cultural imaterial brasileiro.
